sábado, 2 de agosto de 2008

Mais problemas na saúde de Itabuna

Deu no Pimenta sobre a intervenção na saúde de Itabuna:

MAIS GRAVE: INTERVENÇÃO PODERÁ SER EM TODA A SAÚDE
Sexta, 01.08.2008, 03:52pm

O Conselho Estadual de Saúde aprovou o descredenciamento de Itabuna para a gestão plena do SUS. A recomendação foi decidida ontem, em Salvador, e já está sendo analisada pelo Governo do Estado.

Entre outras irregularidades cometidas pelos atuais gestores da saúde pública no município, os conselheiros destacaram a desassistência aos usuários, a não-reabertura do pronto-socorro do Hospital Calixto Midlej Filho e a falta de pagamento aos prestadores de serviço, clínicas e laboratórios credenciados.

Segundo Josenaldo Gonçalves, conselheiro ouvido pelo blog, há sérias dúvidas quanto ao destino que a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Saúde estão dando aos cerca de R$ 2,3 milhões que o município recebe mensalmente do Ministério da Saúde. No âmbito local, o Conselho Municipal de Saúde reprovou as duas últimas prestações de contas do setor.

A decisão do Conselho Estadual foi confirmada no plenário da Câmara de Vereadores de Itabuna, nesta sexta-feira, pelo vereador Wenceslau Júnior, e recebeu elogios dele e de outros membros da bancada de oposição.

Do Pimenta na Muqueca

Relação médico-paciente abalada

Matéria na íntegra publicada no portal G1 Ciência e Saúde sobre o abalo na relçaõ médico-paciente.

Desconfiança mostra abalo na 'sagrada' relação médico-paciente
Pessoas parecem acreditar que seus médicos estão escondendo informações deles.Problema é sério pois atrapalha o tratamento e pode colocar vidas em risco.

Um crescente refrão de insatisfação sugere que a tão respeitada relação médico-paciente está cada vez mais fria.

A relação é pedra fundamental do sistema médico -- ninguém pode ser ajudado se os médicos e pacientes não estão se entendendo. Entretanto, e cada vez mais, pesquisas e relatos informais indicam que muitos pacientes não confiam nos médicos.

Cerca de um em cada quatro pacientes sente que seu médico algumas vezes o expõe a riscos desnecessários, de acordo com dados de um estudo do hospital Johns Hopkins publicado neste ano no periódico Medicine. E dois estudos recentes mostram que a confiança nos médicos influencia fortemente o fato de o paciente tomar ou não os remédios prescritos.

Desconfiança e animosidade entre médicos e pacientes têm aparecido em diversos lugares. Hoje pode ser encontrado nas livrarias um gênero de livros do tipo “o que seu médico não diz a você”, prometendo informações retidas sobre tudo, desde perda de peso até doenças do coração.

A internet está forrada de comentários frustrados de pacientes. Recentemente, no blog do New York Times, um leitor chamado Tom fez eco às preocupações de muitos sobre médicos. “Eu, como paciente, digo que parem de agir como se soubessem tudo”, ele escreveu. “Admitam, e nós, os pacientes, poderemos parar de desconfiar de seus rápidos e convincentes diagnósticos.”

Os médicos dizem não estar surpresos. “Desde que comecei a praticar, não consigo deixar me surpreender pela infelicidade dos pacientes e, francamente, pela forma como são maltratados”, diz Sandeep Jauhar, diretor do programa de problemas do coração do Centro Médico Judeu de Long Island e colaborador ocasional da seção de ciência do The Times.

Ele se lembra de uma conversa na semana passada com um paciente que havia sido transferido para o seu hospital. “Eu disse, ‘Por que você está aqui?’ e ele respondeu: ‘Não faço idéia. Apenas me transferiram.”

“Ninguém está falando com os pacientes”, continuou Jauhar. “Todos estão apressados demais. Não acho que os médicos sejam pessoas más -– eles apenas trabalham em um sistema quebrado.”

As razões para toda essa frustração são complexas. Médicos, enfrentando o declínio dos reembolsos e o aumento dos custos, têm apenas alguns minutos para cada paciente. Notícias sobre erros médicos e a influência da indústria farmacêutica aumentaram a desconfiança dos pacientes. E o aumento da publicidade de remédios diretamente ao consumidor e dos web sites de medicina ensinaram os pacientes a pesquisar seus próprios problemas médicos e os tornaram mais céticos e inquisidores.

“Os médicos costumavam ser a única fonte de informação sobre problemas de saúde e sobre o que fazer, mas agora nosso conhecimento está desmistificado”, diz Robert Lamberts, um médico interno e blogger em Augusta, Georgia. “Quando os pacientes chegam com idéias pré-concebidas sobre o que devemos fazer, eles realmente ficam perturbados quando não damos ouvidos. Eu me esforço para explicar por que faço o que faço, mas algumas pessoas não se satisfazem até que façamos o que elas querem.”

Outros dizem que o problema também vem de um exaustivo sistema de ensino que remove os médicos do mundo onde vivem os pacientes. “Quando acaba seu estudo, você sente, de muitas maneiras, que está muito longe das próprias pessoas que deveria ajudar”, diz Pauline Chen, cirurgiã da Universidade da Califórnia e autora de Final Exam: A Surgeon's Reflections on Mortality (Knopf, 2007). “Nós nem mesmo falamos a mesma língua.”

David H. Newman, médico de pronto-socorro do Centro Hospitalar St. Luke's-Roosevelt em Manhattan, diz existir uma desconexão entre o modo com que os médicos e pacientes enxergam a medicina. Médicos são treinados para diagnosticar e tratar doenças, diz ele, enquanto “os pacientes estão interessados em ser ouvidos e ficarem bem.”

Newman, autor do novo livro Hippocrates' Shadow: Secrets from the House of Medicine (Scribner), diz que estudos sobre o efeito placebo sugerem que Hipócrates estava certo ao afirmar que a fé nos médicos pode ajudar a cura. “A falta de uma fonte confiável de tratamento agrega tristeza e sofrimento a qualquer condição”, diz Newman.

Mas esses médicos dizem que a situação ainda tem esperança. Pacientes que não acreditam em seus médicos deveriam procurar um novo, mas eles podem ser capazes de melhorar as relações existentes sendo mais abertos e comunicativos.

Vá a uma consulta com perguntas escritas para não se esquecer de perguntar o que é importante para você. Se um médico começa a apressar a consulta, diga, “Doutor, ainda tenho algumas perguntas.” Pacientes que são abertos com seus médicos sobre seus sentimentos e medos terão freqüentemente o mesmo nível de abertura como resposta.

“Todos nós, pacientes e médicos, no fim queremos a mesma coisa”, diz Chen. “Mas vemos um ao outro em lados opostos. Existe esse senso de que estamos nos enfrentando, e não trabalhando em conjunto. É uma tragédia.”

Fonte: G1 Ciência e Saúde / New York Times News Service

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Rua Henrique Alves... tempos que não voltam mais

Esse indiretamente, não tem tanto relacionado com saúde, mas relacionado com a velha e boa Rua Henrique Alves no Pontalzinho em Itabuna. Abaixo matéria na íntegra de Daniel Thame publicado em seu blog

Uma rua chamada medo

Há pouco menos de cinco anos, a rua Henrique Alves era um exemplo de um Pontalzinho boêmio, com uma vida noturna efervescente, e ao mesmo tempo com ares de cidade interiorana, onde os vizinhos colocavam cadeiras na calçada para jogar conversa fora, as crianças brincavam livremente e casais de namorados davam seus amassos discretos ou nem tanto na porta de casa.
O chamado bairro ideal, com tudo perto. Farmácia, padaria, mercado, açougue e uma profusão de bares, estrelado pelo Katiquero, com sua cerveja sempre gelada e caranguejos que merecem ser degustados de joelhos.
Essa rua e esse bairro, infelizmente não existem mais, embora a padaria, a farmácia, o mercado, o açougue e o Katiquero continuem nos mesmos lugares.
A rua Henrique Alves, que de tão pacata às vezes parecia modorrenta, tornou-se a síntese de uma violência que se estende a todas as ruas e a todos os bairros dessa cidade sitiada pela bandidagem.
Não passa um dia sem que haja um assalto, não passa uma semana sem que haja um arrombamento de casa ou estabelecimento comercial. E vieram também os assassinatos. O ultimo deles vitimou um engenheiro de 48 anos, morto a tiros durante uma tentativa de assalto.
Tornou-se banal, em qualquer hora do dia, alguém gritar que teve seu telefone celular roubado. Os marginais, sozinhos ou em duplas, agem livremente. O simples barulho de uma moto provoca calafrios, tantos são os motobandidos cometendo crimes com a quase certeza da impunidade.
O que era paz, virou pavor. É raro encontrar alguém na rua a partir das 20 horas. Pais só se tranqüilizam quando os filhos retornam para casa, como se chegar vivo do trabalho, da escola ou do lazer fosse uma espécie de prêmio de loteria.
As residências viraram verdadeiras fortalezas, com grades, correntes e sistemas de vigilância eletrônica. Uma falsa sensação de segurança, já que ninguém passa a vida toda trancado. E também porque nem esse aparato evita a ação dos bandidos, cada vez mais ousados e destemidos.
Beira o inacreditável, mas há cerca de dois meses, um marginal escalou três andares para roubar roupas que estavam secando na varanda de uma casa. As grades que deveriam servir de proteção, serviram como escada para o ladrão.
Parte dessa tranqüilidade perdida deve-se à expansão do consumo de crack, essa droga devastadora que leva empurra os viciados ao mundo do crime.
Roupas, calçados, celulares, pulseiras e anéis se transformam em moeda de troca na hora de adquirir as pedras que eles consomem sem parar.
E o bairro, que já foi uma espécie de paraíso na terra para quem quer conciliar as facilidades da cidade grande com a tranqüilidade de uma pequena cidade, se transformou num inferno, onde as pessoas não estão seguras nem dentro de casa.

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Talvez com saudade de um tempo que não volta mais, uma moradora colou a cadeira na calçada e ficou observando o movimento. O telefone tocou e ela entrou em casa para atender.
Quando retornou minutos depois, haviam roubado a cadeira...

900 demissões no município e intervenção do Hospital de Base em Itabuna

Estão acompanhando? Não é mera coincidência ter falado desse assunto no post anterior e agora finalmente a bomba estourou de vez.

Deu no Blog do Pimenta que a Prefeitura de Itabuna realizará até hoje cerca de 900 demissões de seu quadro de contratados em cumprimento a obrigações seladas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) do MP para o município e a possibilidade do Hospital de Base sofrer intervenção do Governo do Estado em função dos demandos administrativos que andam ocorrendo na instituição.

Vejam bem como os números espantam: estão sendo demitidos 900 funcionários que somam-se aos 1400 anteriores que já haviam sido desligados. 2300 pessoas desempregadas ou que tiveram seus "benefícios" cerceados. Para compensar, serão convocados 1173 profissionais do concurso público realizado. Vejam que é de deixar qualquer um perplexo observar o poderio administrativo do município e como ele pode ser "manipulado" de acordo com interesses minoritários. Os profissionais seguem revoltados pois julgam-se vítimas da desorganização administrativa argumentando.

Existem unidades de saúde que nessa sexta-feira abriram com apenas dois funcionários, sem possibilidade alguma de prestar qualquer tipo de assistência a uma pessoa necessitada. E como ficará a siatuação dos munícipes itabunenses que tinham o Hospital de Base como válvula de escape para as dificuldade de acesso às unidades básicas de saúde se o Hospital de Base também passa por graves problemas operativos e pode sofrer interdição estadual? Vale lembrar que a Santa Casa de Itabuna - Hospital Calxito Midlej - há tempos fechou seu pronto-socorro e só tem prestado assintência a urgências através do seu pronto-atendimento, com priorização dos convênios e planos de saúde. E até que os convocados se apresentem e se integrem aos serviços, muita água vai passar debaixo da ponte.

Migrarão os usuários dos serviços para o Hospital São Lucas afim de "resolver" suas demandas agudas de saúde?

Após questionar alguns trabalhadores de saúde que tiveram seus nomes inclusos no listão dos demitidos sobre quais foram os critérios utilizados para selecionar os nomes para dispensa, sem pestanejar, alguns informaram que, além da condição de contratado do município, o critério realmente prevelante foi o da "peixada": quem tem seu "padrinho" ficou, quem não tem, só lamentação. Completaram ainda informando que os que realmente trabalhavam e davam duro em seus serviços foram os primeiros a serem dispensados enquanto os demais "apadrinhados" tiveram seus contratos mantidos, apesar são os que menos tem resposabilidade e envolvimento com o trabalhado da saúde

E agora, quem poderá nos defender?

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Itabuna: Substituição de profissionais e prejuízos na saúde

Muito semelhante ao que eu havia postado anteriormente sobre a gestão da saúde de Ilhéus, não diferente (ou até pior) acontece com o município de Itabuna.

O município também recebeu o TAC (Termo de Ajustamento e Conduta) do MP para regularizar a situação dos recursos humanos da Secretaria de Saúde. O que segue diferente do cenário ilheense é que o município de Itabuna realizou um novo concurso público e o gestor municipal assinou documento comprometendo-se a convocar pelo menos 90% dos trabalhadores aprovados no concurso.

A situação em Itabuna chama mais atenção no SAMU 192. Os profissionais contratados estão sendo substituídos pelos aprovados no concurso público, porém, os trabalhadores que passam a compor o quadro do efetivo não possuem o treinamento necessário para atuação em serviço.

Há que se destacar que todos os trabalhadores do SAMU 192, conforme preconiza a Política Nacional de Atenção às Urgências passam por capacitações e treinamentos criteriosos para qualificação da atenção pré-hospitalar a que o serviço se destina. São treinamentos específicos para médicos e enfermeiros socorristas, técnicos de enfermagem, condutores-socorristas, TARM´s (técnicos auxiliares de regulação médica) e rádio-operadores, que garantem dinâmica do serviço e respondem pela credibilidade que o serviço tem apresentado Brasil afora.

Os funcionários ora dispensados, carregam com si toda uma bagagem de investimentos financeiros em treinamentos e capacitações que foram investidas pelo município, sem contar que eram esses mesmos profissionais os responsáveis por atividades de educação continuada e pelas atualizações técnicas dos trabalhadores do SAMU 192 de Itabuna.

Vale observar que os trabalhadores aprovados no concurso público e que estão sendo convocados a assumir as vagas que por direito lhes pertencem, da forma como está sendo operado o processo, terminam também sendo vítimas da desorganização administrativa instalada e terão que pegar o bonde andando, adentrando em serviços com alto grau de especialização nas suas atividades (caso do SAMU 192), sem nenhum treinamento prévio ou sem qualquer planejamento de investimentos em capacitações para qualificação da atuação em serviço.

Enquanto isso, os jornais locais noticiam que a prefeitura de Itabuna está convocando pessoas que foram reprovadas no concurso público ou que nem realizaram a prova, fatos que por si só já denunciam como o processo de convocação e substituição dos trabalhadores está sendo conduzido. Nesse momento, assemelha-se a Ilhéus que utiliza como válido o resultado do concurso realizado pelo gestor anterior (Jabes Ribeiro), onde superado os limites de convocação, terminam por permitir o ingresso em serviço de profissionais que foram reprovados no concurso por não atingir pontuação suficiente.

Mais uma vez reafirmo que cautela nos processos de mudança são necessárias sob pena de prejudicar ainda mais as atividades dos serviços que já operam de forma insuficiente e não gozam de credibilidade junto à população. Todos os dias ouvem-se notícias da saúde de insatisfação dos trabalhadores, de atrasos de salários, de deflagração de greves, situações que só pioram a administração da rede de serviços de saúde. Nesse conturbado cenário, quem termina por pagar a conta é o usuário que precisa dos serviços do SUS.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Gestão da Saúde de Ilhéus com dificuldades


Tudo em função da seleção que o município realizou às pressas com vistas a atender ao TAC (Termo de Ajustamento de conduta) do Ministério Público com relação às contratações de profissionais realizadas pela Secretaria de Saúde.

O fato é que a gestão da saúde de Ilhéus já passava por dificuldades em função da freqüência de troca de Secretários de Saúde (foram oito nos quase quatro anos da gestão), sem contar no entra e sai dos alcaides Newton e Valderico, fatos que abalaram as estruturas administrativas, jogaram abaixo e emperraram projetos e trabalhos então implementados. Pairava a cada troca a impressão entre os trabalhadores de um recomeçar, um partir do zero, situação que ninguém suporta mais.

Após a tomada de decisão do MP de orientar o município pela exoneração dos trabalhadores contratados, chamamento dos concursados e realizar seleção pública para as demais funções não contempladas na lista do concurso então vigente, observou-se ainda mais o agravamento da situação. Os trabalhadores já descontentes com as baixas remunerações e com as insatisfatórias condições de trabalho, viram-se ainda mais aflitos com a possibilidade de perderem seus empregos se não aprovados na seleção pública. Alguns desses trabalhadores conseguiram manter-se nos seus vínculos, aprovados nessa seleção, porém, novos profissionais foram aprovados e incorporados ao serviço, sem nenhuma orientação e conhecimento sobre a organização do sistema, dos fluxos estabelecidos ou políticas adotadas pela gestão municipal na organização dos serviços.

Observem que não sou contra a ação do MP, pelo contrário, apoio iniciativas como essas, que privilegiam a realização de concursos públicos, que garantam uma continuidade dos trabalhos mesmo que aconteçam troca de gestores, além do que, o concurso público é a forma de impedir que políticos mal intencionados utilizem as gestões municipais para aparelhamentos partidários ou como cabide de empregos. Entretanto, chamo atenção que é necessário ter cautela na forma como são realizada as trocas dos profissionais. Alguns serviços demandam mão-de-obra especializada e contam com profissionais que receberam investimentos de treinamento e capacitações pelo município para melhorar a qualidade da atenção à saúde e, perdê-los, pode significar um duplo golpe para os serviços e gestão.

Outro grave problema está relacionado ao chamamento dos concursados. O MP também resolveu prorrogar a validade do concurso público realizado na última gestão do ex-prefeito Jabes Ribeiro para preencher com concursados as vagas então em vacância na Secretaria de Saúde. Para algumas funções, foram chamadas pessoas que ficaram além do centésimo lugar na colocação geral. Não atentaram que alguns desses profissionais não obtiveram média suficiente para serem classificados, mas mesmo assim, foram convocados.

Para o então prefeito Newton Lima esse processo pode ter representado algum desgaste político, pois os trabalhadores andam nada satisfeitos e a população com dificuldades em ter resolvidas as suas demandas de saúde.

Espera-se que finalizado o processo eleitoral o município possa realizar novo concurso público para então preencher as vagas restantes com profissionais do quadro efetivo, o que só deve acontecer em 2009, a depender também de como será o resultado das eleições municipais desse ano.

Nesse momento de eleições, vale então observar os candidatos e suas propostas políticas. Projetos que contemplem a realização do concurso público, melhoria salarial e de condições de trabalho para os profissionais de saúde podem fazer a diferença na hora da escolha do voto.

Parabéns aos novos Enfermeiros!!!

Gostaria de desejar muito sucesso a turma de bachareis em Enfermagem da FTC que colou grau nesse último sábado - por sinal, colação muito bonita no Centro de Conveções de Ilhéus.

Vai um parabéns aqui especial para uma profissional já testada e aprovada: a Enfermeira Michelle Menezes. Desejo tudo de bom para você. Sei que será uma profissional competente, comprometida , responsável e acima de tudo ética, pois isso está na sua raça, está no seu sangue.

Temos orgulho de você. Milhões de beijos

Barco do Aborto: absurdo ou vanguarda?

Quando vi o post do Blog Update or Die fiquei muito interessado. Taí uma novidade que mexe com um tema tão polêmico que é o aborto.

A matéria traz que uma holandesa chamada Rebecca Gomperts e presidente da ONG Women on Waves, uma das mais polêmicas organizações pró-legalização do aborto no mundo, viaja os quatro cantos com um navio para os países em que o aborto é considerado ilegal. Ela embarca as mulheres no barco e realiza o aborto já em águas internacionais.
No site da ONG estão até disponíveis instruções para quem quer realizar o procedimento em casa além de oferecer assistência por telefone.

Agora vejam, no Brasil, o aborto já é considerado um problema de saúde pública e uma das principais causas de hospitalizações em mulheres de idade fértil, mas essa é uma temática que os governos, modo geral, tem procurado afastar de suas bases administrativas pois é uma questão que vincula peso à decisão de voto em nossos políticos. Assumir posicionamentos de apoio ou contrariedade ao aborto tem sido tônica de debates políticos, termômetro para opinião pública - as eleições americanas que digam!

Aqui pela terra brasilis, o Ministro da Saúde Temporão têm sido apertado pelo chefe Lula por seus posicionamentos "nada condizentes" com a política implementada, além de ser a bola da vez do ataque dos seus "correligionários" que também não andam satisfeitos com a "fata de flexibilização" por cargos emplacada pelo ministro.

Nesse cenário nada tranquilo de eleições, discussões sobre o tema do aborto continuarão afastadas das prioridades políticas governamentais e enquanto isso, o barquinho do aborto vai ancorando em nosso litoral e propagando suas ideologias num cenário cheio de incertezas.

Matéria do Blog Update or Die