sexta-feira, 1 de agosto de 2008

900 demissões no município e intervenção do Hospital de Base em Itabuna

Estão acompanhando? Não é mera coincidência ter falado desse assunto no post anterior e agora finalmente a bomba estourou de vez.

Deu no Blog do Pimenta que a Prefeitura de Itabuna realizará até hoje cerca de 900 demissões de seu quadro de contratados em cumprimento a obrigações seladas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) do MP para o município e a possibilidade do Hospital de Base sofrer intervenção do Governo do Estado em função dos demandos administrativos que andam ocorrendo na instituição.

Vejam bem como os números espantam: estão sendo demitidos 900 funcionários que somam-se aos 1400 anteriores que já haviam sido desligados. 2300 pessoas desempregadas ou que tiveram seus "benefícios" cerceados. Para compensar, serão convocados 1173 profissionais do concurso público realizado. Vejam que é de deixar qualquer um perplexo observar o poderio administrativo do município e como ele pode ser "manipulado" de acordo com interesses minoritários. Os profissionais seguem revoltados pois julgam-se vítimas da desorganização administrativa argumentando.

Existem unidades de saúde que nessa sexta-feira abriram com apenas dois funcionários, sem possibilidade alguma de prestar qualquer tipo de assistência a uma pessoa necessitada. E como ficará a siatuação dos munícipes itabunenses que tinham o Hospital de Base como válvula de escape para as dificuldade de acesso às unidades básicas de saúde se o Hospital de Base também passa por graves problemas operativos e pode sofrer interdição estadual? Vale lembrar que a Santa Casa de Itabuna - Hospital Calxito Midlej - há tempos fechou seu pronto-socorro e só tem prestado assintência a urgências através do seu pronto-atendimento, com priorização dos convênios e planos de saúde. E até que os convocados se apresentem e se integrem aos serviços, muita água vai passar debaixo da ponte.

Migrarão os usuários dos serviços para o Hospital São Lucas afim de "resolver" suas demandas agudas de saúde?

Após questionar alguns trabalhadores de saúde que tiveram seus nomes inclusos no listão dos demitidos sobre quais foram os critérios utilizados para selecionar os nomes para dispensa, sem pestanejar, alguns informaram que, além da condição de contratado do município, o critério realmente prevelante foi o da "peixada": quem tem seu "padrinho" ficou, quem não tem, só lamentação. Completaram ainda informando que os que realmente trabalhavam e davam duro em seus serviços foram os primeiros a serem dispensados enquanto os demais "apadrinhados" tiveram seus contratos mantidos, apesar são os que menos tem resposabilidade e envolvimento com o trabalhado da saúde

E agora, quem poderá nos defender?

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