segunda-feira, 16 de março de 2009

Site do Merhy

Recebi essa notícia por e-mail falando que Emerson Elias Merhy agora segue com um site hospedado no Instituto de Saúde da Comunidade pela Universidade Federal Fluminense.

Para quem conhece um pouco do Merhy e das suas filosofias, ele sempre divulgou que compreendia que o conhecimento não podia ficar armazenado em formatos de genialidades e pensamentos particulares. Ele sempre acreditou e defendeu que as experiências e produções fossem divulgadas e fossem de fácil acesso a todos como um patrimônio social. Inclusive ele repete a tônica de seu humilde e simples site anterior onde dizia que "se gostou e for pertinente, passe adiante"

Vale a pena conferir esse material e ampliar os horizontes no que se refere ao pensamento crítico da construção de saúde para coletivos.

O endereço do site é http://www.uff.br/saudecoletiva/professores/merhy

Tomara que outras grandes figuras e pensadores do cenário nacional também se envolvam com a proposta e disponibilizem seus materiais para o crescimento da massa crítica em saúde do nosos país.

Você não conhece o Merhy? Veja aqui

domingo, 15 de março de 2009

Notícia: Cientistas acham potencial meio para exame de urina acusar câncer de próstata

Notícias que eu lí no G1 Saúde

Substância presente na urina parece fortemente ligada a tumores malignos. Descoberta pode no futuro levar a testes mais práticos e menos invasivos.

A classe masculina agradece e felicita os tão nobres cientistas

Quem tiver foco de dengue vai pagar multa!!!

Estou a um tempo me abstendo de fazer comentários sobre a situação de dengue aqui pela terrinha porque o Jornal Nacional e outros (aqui) já estão se encarregando disso dado ao caos da situação.

Mas, alguém conhece Mongaguá, cidade do litoral paulista??

Pois é, nessa cidade, uma lei assinada pelo prefeito Paulo Wiazowski Filho do DEM vai multar os moradores, comerciantes, donos de imóveis e locatários que tiverem focos do mosquito da dengue em seus imóveis.

As multas podem variar de R$ 180,00 para quem tiver até dois focos do mosquito até R$ 720,00. E tem mais: nos casos de reincidência, o donos dos imóveis poderão pagar o dobro da multa!

Agora a coisa não é tão radical assim como estão pensando. Uma vez sendo identificados os focos do Aedes nos imóveis, os propietários tem um prazo de até 10 dias para ajeitar a situaçãoe dar um fim nos criadouros. Caso as medidas e orientações não sejam cumpridas, multa!

Fico aqui pensando que se essa moda pega, muito provavelmente teríamos fortes reduções no número de casos de dengue Brasil afora, pois nem sempre as pessoas incorporam as orientações e se sensibilizam para demandas preventivas como essa da dengue, mas na hora que mexem no bolso, aí a coisa muda de figura.

Fica a dica aí. Quem sabe municípios como Itabuna, Ihéus e Jequié não adotam medidas criativas e resolutivas como a de Mongaguá e deixam de sair nos noticiários nacionais com a exposição de tristes stuações e números alarmentes de dengue.

Fraude ao Programa Farmácia Popular do Brasil

O que me espanta é que essa notícia realmente demorou de ser veiculada ou de acontecer.

Digo isso porque quando trabalhava na gestão de saúde de um município do sul da Bahia, tive a oportunidade de auxiliar na implantação da Farmácia Popular do Brasil e o que mais me intrigava era saber como o governo federal conseguiria efetuar um controle e monitoramento das farmácias particulares que também poderiam se credenciar ao programa e assim também vender medicamentos com até 90% de desconto.

Essa notícia foi veiculada no Jornal Nacional que conseguiu, com uma câmera escondida, flagrar alguns comerciantes de cidades mineiras que possuiam farmácias cadastradas no Farmácia Popular e ofereciam serviços até de entrega do medicamento a domicílio, com o cadastramento dos usuários. Alguns eram vendidos no nome de comércios que nem eram cadastrados no programa.

Com isso as farmácias conseguiam faturar sobre o volume de medicamentos vendidos, com cadastro até de usuários do SUS que já recebiam medicamentos de unidades de saúde, terminando por onerar o SUS por duas ou mais vezes.

Sempre achei isso estranho porque a existência da Farmácia Popular do Brasil necessariamente terminaria por reduzir as vendagens dos comerciantes e farmácias das localidades, uma vez que ninguém compraria o mesmo medicamento por um custo muito superior ao que é oferecido pelo programa.

As estratégias de monitoramento, controle e fiscalização das unidades privadas tem que ser revista, sob pena do governo brasileiro - SUS, pagar uma conta dobrada, mesmo sendo essa uma estratégia de fazer chegar ao povo brasileiro remédios de baixo custo e com eficácia comprovada.
O povo sempre encontra um jeito de burlar a lei e lucrar em cima disso.