quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Fórum Social da Saúde, Sistema Universal de Saúde e SUS como patrimônio da humanidade

Quem gosta de saúde pública/coletiva e quer ficar antenado nas discussões políticas (em saúde) que rola no cenário nacional, não deveria deixar de acompanhar o blog do CEBES (Centro Brasileiro de Estudos de Saúde) que traz à frente em sua presidência os bons pensamentos e posicionamentos de Sônia Fleury.
Bem, deu nesse blog que fruto das discussões do Fórum Social da Saúde, que antecedeu o Fórum Social Mundial 2009 de Belém do Pará, foram lançadasduas propostas simultâneas: a realização da 1ª Conferência Mundial sobre Sistema Universal de Saúde e Seguridade Social e outra proposta de transformar o SUS (essse sim, o nosso SUS), em patrimônio social da humanidade.
Nem tinha acabado de ler a matéria, mas pude perceber que pensei igualzinho ao posicionamento do CEBES e de Sônia Fleury.

Vejam, discutir sobre a possibilidade de se criar um Sistema Universal de Saúde é uma idéia maravilhosa, porém, não muito fácil. A possibilidade das pessoas de todo globo acessar serviços de saúde poderá resolver boa parte dos problemas nos mais diversos países do mundo.

Entretanto, esse proposta esbarra com o direcionamento das políticas de saúde de outros países, sobretudo daquelas pautadas no ideal neoliberal de Estado mínimo, que nunca aceitará a saúde como um direito incondicional do ser humano devendo ser garantida pelo Estado.

Venho alertando há algum tempo em posts anteriores que o SUS brasileiro é tido como exemplo para várias nações porque contempla nas suas diretrizes e premissas, políticas públicas comprometidas também com o social e não apenas com o lado tecnocientífico e biologicista da saúde. Tampouco dá tanta margem ao lado mercadológico e exploratório da saúde como um bem, assim como ocorre com outros países, caso dos Estados Unidos, onde quem não tem plano ou recursos para usufruir dos serviços privados, não acessam os serviços de saúde por outras vias.

Agora, transformar o nosso Sistema Único de Saúde em patrimônio da humanidade.... ahhh... bata-me uma garapa novamente!

Apesar do SUS está concebido e formatado sob bases democráticas, com a participação de diversos segmentos poplares e institucionais, ainda temos muito dever de casa para cumprir antes de querer vender a imagem que somos os melhores. Tem muita coisa no SUS que ainda não saiu nem do papel, políticas, programas e serviços que ainda clamam por sua consolidação e reconhecimento como a alternativa mais interessante de ser fazer saúde pública nesse país.

Só posso pensar que tentar veicular a ídéia de transformar o SUS em patrimônio da humanidade seja simplemente alguma jogada política para marcar o processo político e histórico nacional ou venha de pensamentos de ceticistas que não creem na existênciade de outras possibilidades e alternativas de gestão em saúde que contemple os vários aspectos do ser humano. É no mínimo uma postura pretenciosa.

Também apoio a idéia de um sistema universal de saúde, apesar de saber que isso não vai ser tarefa fácil. Agora, o SUS como patrimônio da humanidade... vamos fazer o feijão com arroz primeiro... que tal?

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A importância da saúde sexual... tirinha




































Esse Dr. Pepper...

Hipertensão ao controle de um chip

Novamente um post que vincula saúde e tecnologia.

Foi desenvolvido no instituto Fraunhofer na Alemanha juntamente com a empresa Dr. Osypka GmbH oprojeto denominado "Hyper-IMS" que em português claro significa Sistema de Monitoramento Intravascular para Pacientes Hipertensos.

Um pequeno sensor é inserido pela femoral e ele é capaz de medir a pressão trinta vezes por segundo enviando dados por um micro-cabo flexível até um transponder instalado na virilha.

Esse projeto já está na fase de testes clínicos e assim como ele é capaz de mensurar a pressão com uma maior fidedignidade, posteriormente também deverá ser utilizado no controle e monitoramento de outras patologias.

Isso com certeza demonstra mas um grande passo da comunidade científica no controle de patologias crônicas como é a hipertensão. Atualmente, no Brasil e em outros países pelo mundo, a hipertensão constitui um grave problema de saúde pública e afeta mais de 50% da população idosa, acima de 60 anos.

A necessidade de estabelecer um controle eficaz dos valores pressóricos podem trazer qualidade de vida para as pessoas acometidas desse mal e evitar outros transtornos e consequências decorrentes da descompensação hipertensiva como acidentes vasculares encefálicos (AVC/AVE), infartos ou até problemas renais.

Se não fosse o custo que vem agregado a toda essa tecnologia de ponta, poderíamos ficar ainda mais felizes. Por enquanto é aguardar e ver os resultados dos testes clínicos.


Matéria via O cientista

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Dor de barriga não é para o SAMU

É assim que acontece diariamente. As pessoas tem algum problema, discam logo o 192. Para aqueles que recebem o socorro, sucesso: O SAMU é MARA!. Para aqueles que recebem um não, o SAMU não presta.

Essa é a dura realidade dos serviços pré-hospitalares móveis públicos, caso do SAMU 192. O mal uso do serviço tem causando graves transtornos para aqueles que fazem a sua administração e indiremtamente para a população que é a principal beneficiária do serviço.

O SAMU 192 que foi criado em 2003 como um dos elementos da Política Nacional de Atenção às Urgências, tem como finalidade proteger a vida das pessoas e garantir a qualidade do atendimento pelo SUS, oferecendo, além do suporte de emergência pré-hospilatar com profissionais qualificados, uma retaguarda hospitalar para atenção a esses casos de urgência e a possiblidade de organizar e gerir todos os demais elementos também componentes dessa política como unidades de saúde, hospitais, rede privada de serviços, programas de saude da família entre outros.

O grande problema é que a população em geral desconhece como funciona e opera o serviço do SAMU nos locais em que estão inseridos. Na maior parte dos casos, os serviços são instalados e a população não é educada ou instruída sobre como funciona o serviço e/ou como ela deve se portar para colaborar com o funcionamento dessa rede.

O que acontece então? Utilização equivocada do SAMU, com chamados não compatívies com a missão para que foi criado. E veja, as pessoas quando se defrontam com algum problema de saúde, principalmente se for de alguém próximo, eles querem dar um jeito no problema e procuram no SAMU uma solução mais viável e rápida para o seu problema.

São chamados as vezes para dores de cabeça há três dias, dor de barriga, garganta inflamada e muito mais. E "ai" do médico regulador se negar o envio da ambulância para esses casos - provavelmente vai escutar alguns desaforos via telefone. Já quanto aos trotes, nem se fala, sendo os escolares do ensino médio os grandes campeões dos falsos telefonemas.

Nesse cenário, os serviços ainda defrontam-se com interferências político partidárias para direcionar as ambulâncias para situações particulares também não compatíveis com as premissas do serviço e com a possibilidade de dar assistência a situações de gravidade comprovada - como traumas, tiros, facadas, acidentes automobilísticos - em função do mal direcionamento do serviço.

Algumas pessoas chegam a fazer ligações para a central 192 apenas para poder conseguir consultas mais rápidas nos pronto-socorros dos hospitais, utilizando erroneamente do privilégio de acesso do SAMU na condução de pacientes, o que pode terminar por desacreditar o serviço em sua missão.

A população precisa ser orientada sobre o funcionamento do serviço e os objetivos para os quais ele foi criado, caso contrário situações como as descritas acima tende a se agravar ainda mais.
É preciso deixar claro inclusive que uma assistência à saúde de forma integral acontece em serviços de saúde com acompanhamentos subsequentes de uma equipe especializada. Os atendimentos emergenciais só dão conta daquele momento e não oferecem garantia de resolver problemas no médio e longo prazo.

Enquanto medidas educativas não forem adotadas, os mais de 130 serviços instalados nos mais de 1000 municípios do Brasil continuarão atendendo chamadas emergenciais para extração de unhas encravadas ou para curar a ressaca do bebum que encheu a cara no final de semana.

Se alguém duvida, passa um dia no SAMU. Desafio!

Livros médicos para download

Estamos falando do Dr. eBooks e do Medical Books Free.

Nesses blogs vocês pderão encontrar uma variedade de livros para download em formato .pdf.
Tem cada um show, já fiz o download de alguns e confirmo a veracidade da oferta.
Os livros, claro, são todos em inglês. Quem se amarra em dar aula, é professor, vai encontrar ilustrações interessantes para incrementar suas aulas.
Vão lá e confiram o material.
(*) Vi isso no MD Blogger

Avanços com Parkinson

Esse post chega um pouco atrasado mas, atualizar-se nunca demanda tempo.

O mal de Parkinson é uma doença neurodegenerativa do sistema nervoso central que tem como característica a morte progressiva de neurônios em uma parte do cérebro, causando uma diminuição da disponibilidade de dopamina, neurotransmissor sintetizado pelos neurônios e que necessário para auxiliar no processo de regulação das principais estruturas cerebrais envolvidas no controle dos movimentos.

A novidade então é que em São Paulo está sendo realizado uma cirurgia que diminui consideravelmente os tremores do Parkinson e, consequentemente, oferecem uma melhor qualidade de vida para as pessoas acometidas dessa doença que sofrem de dores articulares e musculares das contrações involuntárias e têm grande limitação nos seus afazeres e cuidados diários.

Veja o vídeo no You Tube aqui.


Além dessa matéria, saiu essa semana (essa uma notícia da hora), a possibilidade de fazer o diagnóstico do Parkinson com uma maior brevidade usando uma lâmpada de 1 milhão de watts, que auxilia na mensuração dos níveis de ferro nas células afetadas pelo mal de Parkinson. Isso possibilitará num futuro próximo que os diagnósticos do Parkinson possam ser feitos através de ressonâncias magnéticas o que encurtará o tempo para o diagnóstico do mal e possibilitará realizar intervenções medicamentosas ou cirúrgicas mais precoces e com maior probabilidade de eficiência.

Matérias via ParadaMed e G1 Saúde.