sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Dia Nacional de Combate ao Fumo

Esse post vai em especial para os amigos Lucas, Ton Bar e Tiago.

Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Fumo e franqueio a palavra a Danilo Gentili (CQC) que trata o assunto de forma "séria e com muito humor".



Larguem esse vício! - Vídeo postado no Treta

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Fique antenado...

Genética interessante...

Post do Portal G1 - ciência e saúde

GATO GANHA PAR DE "ASAS" E APELIDO DE "ANJO DA CHINA"


Dois comentários:

- Tinha que ser na China não é?!?

- E AGORA, SERÁ QUE VÃO DAR "ASA A COBRA" - o mundo está perdido

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Mulheres vitimas de violência sexual - algumas considerações

Semana passada, fui convidado por alunos do curso de Enfermagem da FTC - Faculdade de Tecnologia e Ciências para falar no Simpósio de Saúde da Mulher do tema de Violência Sexual nas mulheres.

A oportunidade foi interessante pois pudemos discutir, sobretudo, quão fraco é a rede de serviços de saúde na retaguarda dessas mulheres que sofreram algum tipo de violência sexual.

Essa temática torna-se ainda mais relavante e assume a magnitude de um grave problema de saúde pública na medida em que os números chegam a ser subnotificados de 80 a 95% dos casos, segundo os dados do Ministério da Saúde. Cabe lembrar que essas mulheres que sofreram algum tipo de violência, apenas serão computadas no sistema de saúde como números isolados, como agravos que são tratados e acompanhados distintamente, descontextualizados e desvinculados da causa base que foi a violência sofrida.

Apesar do governo brasileiro já legislar sobre a pauta e orientar sobre como deverão ser procedidos os trabalhos assistenciais e de orientação para essas mulheres vitimizadas, travam-se birgas particulares entre os municípios e os Estados sobre quem vai assumir os ônus financeiros da estruturação dessa rede de serviço. A assistência a essas mulheres deve perpassar pela oferta de serviços e profissionais que garantam apoio psicológico, o cumprimento dos seus direitos e da sua individualidade, o acolhimento nos serviços e o sigilo do seu acompanhamento, a assistência humanizada e a realização dos encaminhamentos necessários com vistas a resolução das demandas que são apresentadas. Mas especificamente, na política integral de saúde da mulher, estão contempladas ações mais diretivas e que envolvem todo um aparto logístico para o seu acontecimento que é a possibilidade de realizar a anticoncepção de emergência, as abordagens profiláticas para DST não virais, profilaxia para Hepatite B e para o vírus HIV, o acompanhamento laboratorial e, nos casos em que haja a ocorrência de gravidez, a possibilidade da realização do aborto legal, conforme preconizado no nosso ordenamento jurídico.
As áreas são muitas a serem contempladas mas encontram pela frente a resistência da gestão municipal que não prioriza essas ações e tampouco destina recursos para execução dessas atividades, os profissionais de saúde pouco sensíveis à temática ou não capacitados a acolher uma mulher vitimizada de violência sexual, a ausência de fluxos definidos na rede de serviços do SUS, as instalações físicas e unidades de saúde não equipadas para o suporte a essas mulheres, dentre tantos outros entraves à consolidação das políticas então discutidas.

Não exitem grandes caminhos a serem trilhados pois o cenário já está bem definido e as necessidades já foram levantadas. Falta agora vontade política para fazer acontecer. Falta fazer com que a sociedade trate o assunto da violência sexual com as mulheres da mesma forma com que tratam assuntos do seu cotidiano e nãopercam a capacidade de se revoltar com situações como essas.

É preciso perceber que a pauta da violência sexual ainda é um tema tratado às escuras por toda complexidade psicológica que carrega e pelo impacto que causa na opinião pública, mas, enquanto isso, os números vão crescendo e a mulheres vão sendo marginalizadas, perdendo espaços que arduamente foram conquistados.

Vejam alguns dados e informações que chocam:

  • 12 milhões de crimes sexuais ocorrem em todo o mundo a cada ano
  • Em diferentes partes do mundo, entre 16 e 52% das mulheres, experimentam violência física pelos seus companheiros
  • 1 (uma) a cada 4 (quatro) mulheres, é objeto de violação sexual ou tentativa de violação em algum momento da sua vida
  • Cerca de 1/3 das adolescentes relatam que sua primeira experiência sexual foi forçada
  • 43% das mulheres brasileiras referem ter sofrido alguma forma de violência sexual, 13% estupro conjugal ou abuso e 11%assédio sexual
  • 14.881 casos de estupro e 12.088 de atentado violento ao pudor em foram registrados no ano de 2000 pelas Secretarias de Segurança Pública
  • Por outro lado, 42.000 estupros são estimados no Estado de São Paulo a cada ano com 1/3 das internações de emergência decorrentes da violência doméstica
  • A violência sexual é responsável por até 25% dos trabalhos perdidos pelas mulheres e pela redução de ganhos financeiros entre 3 a 20%
    Os filhos de mães que sofrem violência têm três vezes mais chances de adoecer e 63% das crianças repetem pelo menos um ano da escola

Fontes: Relatório Mundial sobre Violência e Saúde – OMS 2002 e Norma Técnica de Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual Contra Mulheres e Adolescentes (MS - 2005)


Valeu turma da FTC, o evento foi show. Sucesso sempre!
Abraço especial para Magali e os discentes Daiane e Daniel