segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Óbitos por doenças cardiocirculatórias

Os números comprovam: as doenças do aparelho circulatório são as que mais matam no Brasil, seguida dos eventos traumáticos, neoplasias e óbitos por causas externas, necessariamente nessa ordem (ver em DATASUS).

Sabe-se disso desde a década de 90 e esse perfil de morbi-mortalidade nacional não sofreu alterações. No ano de 2006, por exemplo, segundo os dados do DATASUS, foram registrados pelo SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade), 302.680 óbitos decorrentes de doenças do aparelho circulatório, com os infartos liderando esse ranking.

Ao contrário do que se queria, esses números sofreram um forte incremento ao decorrer dos anos em função dos péssimos hábitos de vida da população brasileira, do aumento das condições crônicas de saúde, da associação com outros riscos, como tabagismo e sedentarismo e da dificuldade encontrada pela população em acessar serviços cada vez mais especializados e caros.

Sabem quanto tempo leva para uma pessoa, pelo SUS, conseguir fazer uma angiografia? Um cateterismo cardíaco? Tomografias, ressonâncias?
Acessar o fino da tecnologia para cuidar e preservar a saúde torna-se cada vez mais complexo e o alto custo tem desencorajado profissionais e pacientes a lançar mão desses aparatos.

E não se enganem. Essa não é apenas a realidade dos usuários do SUS. Mesmo aquelas pessoas que possuem algum tipo de plano ou seguro-saúde, penam para conseguir autorizações e poder realizar esses procedimentos de maior complexidade, sendo enrolados o tempo que for possível pelos trâmites burocráticos dessa empresas.

É fundamental renovar serviços e incluir novas tecnologias, ampliando a possibilidade de acesso da população e a capacidade de resposta para as demandas que são apresentadas. Chama a atenção a necessidade de melhor direcionar as ações e investimentos no campo saúde (saúde pública!!!), com a priorização que as situações requerem.

Somos o país das contradições. Morre-se mais no Brasil de patologias associadas ao aparelho circulatório, mas investe-se atualmente na inclusão de procedimentos para realizar mudança de sexo pelo SUS, na possibilidade de você poder realizar o seu aconselhamento genético.

Tem gente querendo “caviar” enquanto um monte ainda não tem nem o feijão com arroz.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Aqui não tem o que é doença cardiocirculatória.porque eu queria saber oq é...!